sexta-feira, 24 de junho de 2011

Avaliando minha aula com o uso do laptop



A fim  de desenvolver uma tarefa de formação do Projeto UCA, Admar Vieira Junior, Haidee Benites Mongez e eu, Antonia Kelly Garcete Rodrigues elaboramos um projeto denominado "Trilhas"  que  irá abranger diversas áreas do conhecimento, atenderá 22 alunos do 1º ano A, matutino da Escola Municipal Maria Ligia Borges Garcia. O trabalho necessitou ser realizado em grupo, devido á turma ser composta de alunos não alfabetizados convencionalmente.
   O que balizou a elaboração desse projeto foram as atividades e leituras sugeridas em todo o módulo III.  Ele consiste em fazer um passeio para registro imagético do percurso da escola á "biblioteca do lápis" que fica cerca de 1km , além de fotografarem os pontos de referências, também registraram todas as formas de escrita, números e sinais gráficos que encontrassem pelo caminho . Outros assuntos abordados foram:  O lixo jogado nas ruas, os marcos históricos, escrita coletiva relatando o passeio, bem como desenhos utilizando o Tux Paint, o trajeto no klogo e a elaboração de uma fotonovela com as fotos tiradas no percurso.  

   Foi ministrada inicialmente uma aula preparatória, utilizando através do Google Maps, o Panoramio, depois passado no data show os slides em anexo.( assim que eu conseguir fazer o upload) 
   Conversamos sobre o assunto, indagando, utilizando perguntas desafiadoras e exploratórias. Foi uma aula bem proveitosa. Todos participaram efetivamente, já que tratava-se de algo diferente de sua rotina. O passo seguinte foi a apresentação do laptop, seu objetivo de uso nessa aula e passos de como ele deveria ser usado para os registros desse projeto. Mostramos a câmera e como ela funcionava, como as fotos ficam armazenadas. Logicamente houve uma euforia inicial, já que eles esperam a muito tempo para usarem o laptop. Pedimos que digitassem no Google a palavra maps e com ajuda eles conseguiram localizar o nosso ponto de partida, o trajeto e nosso destino. Metade da turma já conhecia o trajeto mas haviam também crianças que saem pouco de suas casas e não conseguiram identificar algumas das fotos de onde iriamos passar. Quanto a aula inicial a dificuldade encontrada foi apenas o fato de os alunos ainda não saberem ler, eles precisavam de ajuda para localizar os pontos no mapa, já que ela é feita através da leitura dos nomes das cidades, bairros e ruas. Sem a ajuda dos outros professores a aula ficaria inviável.
   No segundo momento foram sorteados seis alunos para levarem o laptop. Isso foi uma opção do grupo devido ao percurso ser de muito movimento, já que trata-se de uma rodovia e por que os alunos nunca haviam saído para um passeio. Ficamos apreensivos de como eles se comportariam, e não queríamos que isso fosse um empecilho e sim uma oportunidade a mais. Ficaria difícil orientá-los, explicar os pontos, o que estava escrito em cada placa, destacar os marcos históricos se cada um estivesse com o laptop. Talvez não por que eles se comportaram bem, mas aula rendeu bastante. O percurso foi bem tranquilo, os alunos ficaram atentos á todas as explicações, os que estavam com os laptops fotografaram tudo o que lhes tinham sido solicitado anteriormente. O que mais nos chamou a atenção foi que eles se aborreciam em perceber como há muito lixo nas ruas e como as pessoas mantém esse mau hábito. As desvantagens foram que com a câmera do laptop é dificil "mirar" no que se quer fotografar de longe, o reflexo dificulta a visão e a bateria durou pouco, apenas dois alunos conseguiram registrar a leitura e os colegas dentro da biblioteca.
   Na biblioteca eles ficaram extasiados, admirados, eufóricos.  Queriam manusear tudo, ler, mas a bibliotecária não estava presente, então distribuímos alguns livros á eles, gibis, lemos para eles também. Ficaram atentos e aproveitaram tudo.
   Ao chegarmos em sala foi feita uma avaliação dos trabalhos com o grupo, os pontos positivos e negativos, novamente utilizando perguntas desafiadoras e exploratórias, tentando extrair o máximo deles. Com certeza esse tipo de atividade vai se repetir pois foi uma ótima oportunidade de aprendizagem. A aula terá continuação, temos os demais passos do projeto que ainda deverão ser aplicados e acrescentados aqui no blog, conforme desenvolvimento.


Com os alunos na primeira vez usando o laptop

Junior auxiliando as crianças a localizarem o destino no panoramio

Francili e seu laptop

registrando o lixo encontrado pelo caminho

Os alunos e eu no Monumento á erva mate

Registrando a circulação da escrita na sociedade
Explicações sobre a coleta seletiva

alunos registrando com o laptop
Em frente á biblioteca, ponto de chegada

Dentro da biblioteca, aguardando para manusearem os livros

terça-feira, 21 de junho de 2011

Projeto Bilingue

Orgulhosamente, gostaria de comentar com vocês que estou participando de um Projeto intitulado: Observatório da Educação na Fronteira OBEDF/2010 – n. 2107, com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES – Brasil, do qual sou bolsista, na modalidade professor da escola básica, credenciada pela Escola Municipal Maria Lígia Borges Garcia, Ponta Porã (MS), para o desenvolvimento de pesquisa sobre ensino-aprendizagem das e nas línguas de Fronteira nas séries iniciais do Ensino Fundamental.  
Na escola em que trabalho também participam do Projeto a Professora Haidee Benites Mongez e a Professora-Coordenadora do Projeto na escola, a Diretora Maria Erineuda Oliveira Ferreira.
Outra escola de Ponta Porã que também participa desse Projeto é a Escola Pólo Municipal Ramiro Noronha com as Professoras Ana Lúcia Guieiro e Rosimar dos Santos Alves e a Diretora Ana Cristina Espinola Candia.
Como Coordenadora Institucional, temos Rosângela Morello, Doutora em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (2001), com estágio em Doutorado Sanduíche na Université Paris VII (1997-1998), Mestrado em Linguística na Universidade Estadual de Campinas (1995), e Graduação em Licenciatura Plena em Letras: Língua e Literatura Portuguesa pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Colatina (1985). Atualmente, desenvolve o Projeto de Pesquisa Observatório da Educação na Fronteira (OBEDF) em parceria com pesquisadores (graduandos, mestrandos e doutorandos) de três universidades brasileiras (Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Universidade Federal do Acre – UFAC e Universidade Federal de Rondonia – Unir) e com professores da educação básica de seis escolas de Ensino Fundamental da região de fronteira: além das escolas anteriormente citadas localizadas em Ponta Porã, participam do Projeto a Escola Bela Flor localizada no município de Epitaciolândia (Acre); e a Escola Durvalina Estilbem e a Escola Floriza Bouez, ambas no município de Guajará Mirim (Rondonia). É responsável pelo Projeto Piloto Inventário da Língua Guarani Mbyá (IPHAN/MinC/CFDD/MJ) para formulação do Inventário Nacional da Diversidade Linguistica. E atua no IPOL - Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Politica Linguistica, em assessorias para a formulação de políticas linguísticas e educacionais, dentre as quais, para o Programa Escolas Interculturais Bilingues de Fronteira (MERCOSUL EDUCACIONAL); para a co-oficialização de línguas; e para a formação docente em instituições governamentais. (texto informado pelo autor)
Está sendo um grande desafio fazer parte desse Projeto. Orgulho, Dedicação, Estudo e Pesquisa são nossas palavras-chave nesse momento!
Obrigada a Equipe CAPES pela oportunidade de crescimento pessoal e profissional!

sábado, 4 de junho de 2011

Perguntas

Essa postagem é uma tarefa do Curso UCA


O  conceito central das frases e dos vídeos, presentes na plataforma do curso,  é que os questionamentos, a busca incessante por respostas, a dúvida como fonte de pesquisa e de ampliação do conhecimento.
 Acredito que essas ideias dos autores, que se inter-relacionam foram escolhidas na plataforma para nos mostrar o quão é importante a problematização, a instigação, as perguntas, tanto do professor quanto do alunos, e isso fará com que eles aprendam efetivamente.
O grupo diz que devemos estimular os alunos a pensarem, a questionarem,  a serem o centro do processo tendo o professor como mediador da aprendizagem.
Ao iniciar um tema em sala ou mesmo ao retomar um assunto devemos utilizar os questionamentos, que interessam aos alunos para que eles aprendam. As categorias de perguntas que mais devem estar presentes em sala são as desafiadoras e as exploratórias e não as que exigem apenas um sim e um não como respostas.
O papel do professor em sala é o de desequilibrar a ideias pré-concebidas, causar dúvidas para que os alunos reconstruam seus conceitos.
Com os vídeos percebemos, que nós professores não estamos acompanhando as mudanças da sociedade, que são as dúvidas, as perguntas que movem o conhecimento, que infelizmente ainda estamos querendo ensinar apenas com quadro e giz e isso já está ultrapassado.
 Isso nos faz refletir o quanto devemos mudar nossas antigas posturas e do enorme desafio que temos pela frente, que é o de inserir os alunos no mundo digital, trazendo o mundo para a escola!!

Diretora Erineuda conduzindo as discussões sobre ideias com os professores da Escola Maria Ligia